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Roteiro Nacional de Cavacas Doces

As cavacas são doces regionais que se encontram nas várias regiões de Portugal e, embora com formas e sabores diferentes, a designação mantém-se em todas as receitas.

Cavacas de Viseu

As Cavacas de Viseu podem ser encontradas nos vários concelhos do distrito de Viseu.

História:​

Não existe uma lenda/história das Cavacas de Viseu, apenas se sabe que são utilizadas desde a Idade Média nas Festas e Romarias Populares em todo o Distrito de Viseu.

O seu formato grande e em “forma de chapéu” foi concebido para os homens (na Idade Média) beberem o vinho tinto nas Romarias. Atualmente ainda se bebe o vinho tinto em algumas aldeias mas este foi em alguns casos substituído pela cerveja.

​Ingredientes:​

• 1 copo cheiro de ovos inteiros (gemas + claras)
• 1 copo igual ao dos ovos de farinha de trigo
• Metade do copo de azeite (caseiro preferencialmente)

Confeção:

Bata muito bem todos esses ingredientes até formar bolhas na massa (se preferir bater à mão, faça-o durante uma hora).

Unte formas com azeite deixando um pouquinho no fundo.

Leve as Cavacas ao forno muito quente.

Quando estiverem coradinhas, estão prontas para serem pinceladas com açúcar batido com claras. Após serem pinceladas, deixe secar.

 

 

Ilustração 3 Cavaca de Viseu

História:​

Sobre a origem deste precioso doce não há registos concretos, no entanto, existe uma lenda que defende o seguinte: na Idade Média, uma senhora que residia em Vinhós preparava a boda de casamento da sua filha e confecionou o bolo de noiva, entretanto, o casamento teve de ser adiado devido a uma peste que estava a assolar o concelho e, dadas as poucas possibilidades económicas, a senhora viu-se obrigada a conservar o bolo até á data do casamento, pelo que retirou a parte de cima daquele e molhou a parte restante numa calda de açúcar que lhe restituiu a frescura e fez as delícias de todos os convidados.

Cavacas de Resende

Cavacas tradicionais da vila de Resende, distrito de Viseu

Ingredientes:​

• 8 ovos e 7 gemas
• 750 gramas de açúcar
• 280 gramas de farinha
• Manteiga q.b (para untar o tabuleiro)

 

Confeção:

Introduza os ovos inteiros e as gemas num alguidar. Acrescente 250 gramas de açúcar e bata muito bem até obter um preparado branco e espumoso. Junte-lhe a farinha e bata até a massa ficar bem ligada e homogénea. Deite-a num tabuleiro de bordos altos bem untado e leve a forno brando para cozer. Entretanto, faça uma calda em ponto de espadana com o restante açúcar e 2 dl de água. Uma vez a massa cozida, vire-a sobre um guardanapo e deixe-a arrefecer. Corte-a depois em retângulos de 5 cm de espessura, passe-os pela calda de açúcar e farinha e deixe-os secar sobre uma grade. Segundo o método artesanal, a massa bate-se num aparelho movido à mão denominado “banco” (utensílio constituído por um alguidar dentro de um banco, ladeado por umas correias que batem a massa), devem utilizar-se ovos muito frescos e caseiros e a sua cozedura deve realizar-se no forno a lenha, numa apologia do que é tradicional é bom. Depois da cozedura, são cobertas com a calda já referida.

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